segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sexo

O que é o sexo?


Sexo é quando o amor transborda.



É as mãos confusas tentando puxar mais do que o corpo
;algo mais, quiçá a alma.


É lamentar não podermos nos fundir completamente ao outro
;e acabar com essa separação carnal.


É o beijo não apetecer e se querer o outro de todo
;querer engolí-lo numa gula infinita.


É quando tudo em volta se torna insignificante
;diante daquele foco de desejo.


É amor demais para tanta roupa
;esse involúcro carnal.


É sexo
;é amor.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Filmes, seriados, seilá...

Bom, primeiramente gostaria de divulgar um Blog: O CinePubCafé. É um blog novo, do qual estou participando, que vai disponibilizar downloads de filmes, com resenhas detalhadas, comentários e resumo. Só vão ser encontrados filmes bons em qualidade técnica, direção, atuação, enredo, essas coisas. Você não vai encontrar "American Pie" lá. Vale uma conferida ;) CinePubCafé

Bom, continuando o post, gostaria de falar sobre Televisão. Não sei se todos tiveram a oportunidade de assistir ao seriado "As Cariocas" que passou na Globo semanas atrás. Resumidamente era um seriado que a cada episódio mostrava uma carioca de cada bairro conhecido do Rio de Janeiro (capital). Foram dez episódios, dez bairros e dez "cariocas":

"A noiva do Catete", "A vingativa do Méier", "A atormentada da Tijuca", "A invejosa de Ipanema", "A internauta da Mangueira", "A adúltera da Urca", "A desenibida do Grajaú", "A iludida de Copacabana", "A suicida da Lapa" e "A traída da barra".

O que me impressionou foi a imagem que o seriado passava das cariocas. Em praticamente todos os episódios a imagem da mulher carioca é depreciada. No final fiquei com a imagem de uma mulher carioca vadia, cheia de cobiça e, nossa, horrível! Se nós, que somos brasileiros, produzimos isso sobre nossas mulheres, porque reclamamos quando alguém fala mal do Brasil? Enfim, pensem mais sobre o que a televisão nos vende...

domingo, 9 de janeiro de 2011

Feira da Fruta

Era uma vez a feira da fruta. Talvez a mesma do Batman, mas isso não vem ao caso. Na feira da fruta haviam, obviamente, frutas. A despeito do nome, haviam legumes e verduras. Tinha peixe também, mas eles são anti-sociais. Tinha de tudo, tudo. E na barraca dos maracujás havia um maracujá chamado Mr. Maracujá. Ele era um maracujá rabugento, afinal todos os maracujás são rabugentos; da mesma forma que as cebolas são melancólicas, as bananas são panacas, as batatas são trouxas, as laranjas são mais panacas que as bananas, os tomates são ingênuos e as beterrabas são meigas e sérias.

Bem na frente da barraca de maracujás ficava uma barraca de beterrabas, que como eu já disse, são meigas e sérias. E o maracujá vivia olhando para as beterrabas, e vivia admirando a Dona Beterraba. A Dona Beterraba já havia dispensado vários Bananas e outras frutas, e o Mr. Maracujá estava hesitante ao pensar em puxar conversar com a Dona Beterraba, principalmente pela distância dos dois. Porém, uma mulher comprou a Dona Beterraba, e o Maracujá se desesperou. Começou a se descabelar; no sentido figurado, afinal maracujás não têm cabelo. Mas de repente aquela mulher veio em sua direção e o pegou na mão. Falou algo com o Dr. Feirante e pôs o Mr.Maracujá em sua sacola. Então, Mr. Maracujá deu de cara com a Dona Beterraba.

Ela parecia meio consternada e ele, apesar de meio rabugento, resolveu puxar conversa:
- Er... Oi. Eu me chamo Mr. Maracujá e, bem, percebi que você está um pouco tensa. O que foi?

Ela hesitou um pouco melancólica, mas disse finalmente:
- É que eu estou assustada. Pra onde irémos?
O Mr. Maracujá, um pouco constrangido, falou muito calmamente:
- Não sei, mas qualquer lugar em que você estiver também será ótimo pra mim...

A Dona Beterraba olhou com olhos brilhantes para o Mr. Maracujá (figurativamente, afinal vegetais não têm olhos) e os dois se sentiram magnificamente apaixonados um pelo outro. Finalmente chegaram na casa da mulher. O Maracujá foi posto numa cesta e ficou histérico ao ver que não seria levado para o mesmo lugar que sua amada raiz.

Ficou se lamentando por um bom tempo. De repente se viu sendo levado por uma mão. Foi levado até um balcão e lá encontrou, finalmente sua amada Beterraba. Resumindo a história, foi feito um suco dos dois, e aí nunca mais se separaram. FIM!









Obs.: Tudo isso supostamente aconteceu no período de um dia, afinal frutas não tem uma vida útil muito grande após colhidas.

sábado, 8 de janeiro de 2011

O querer

Súbito me tenho querendo contar
logo a você, o que eu não contaria
nem mesmo à brisa mais leve do ar,
nem mesmo ao sol que no céu se avia.

Esse rubor que quase me fere
quanto penso em contar a ti
meu desejo que à ti se refere,
tão grande qual nunca vi!

Sinto mas vou lhe contar:
quero-te em minha cama,
quero-te tal quem ama,
quero-te para amar...


Dedico-a a Srta. B, que ao ler saberá que a é...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Whatever... Capítulo Final

Julia estava meio enjoada. Esparramada no sofá, só de calcinha, era realmente algo lindo de se ver. Anna estava sentada na poltrona ao lado, tomando um capuccino e comendo um croissant; estava esperando Julia melhorar para elas terem a conversa tão esperada. Julia respirou profundamente e perguntou:
- O que aconteceu, de verdade, lá?
Anna estava tensa. Hesitou por um tempo, mas achou melhor falar logo:
- Bom, fiz por um tempo o trabalho daquele empresa lá que me contratou, mas acabei enchendo o saco daquilo. Larguei o trampo. Comecei a vadiar, pois já tinha ganhado um bom dinheiro com o trabalho. Ia à festas, e tal, bebia, me drogava, fazia sexo, enfim, era feliz. Eu tava uma porra-loka lá. Fiquei com muita vergonha daquilo, por isso nunca quis que você soubesse.

Julia estava quieta, pensativa. Anna prosseguiu:
-Foram tantas festas, tanta droga, acabei arrumando problema com uns traficantes de lá. Eles raparam minha casa. Tive que fugir e me esconder por um bom tempo, até conseguir dinheiro e voltar. Trabalhei como stripper num bar imundo e escuro, mas finalmente, depois de um bom tempo, consegui o dinheiro necessário pra vir pra cá. E, bem, um velho tarado gostou de mim. Queria me pagar cinco mil "pila" só pra irmos pra casa dele e fazermos um pouco do velho "entra-sai-entra-sai". Bom, ele teve um ataque no meio do nosso "negócio"; juro que não tive nada haver com isso. Aproveitei que ele não iria usar mais as coisas mesmo, rapei a casa, consegui levantar uma boa grana e, bem, cá estou.

Julia estava cansada e seus pensamentos não estavam muito claros.
- Você não acha que isso parece mais enredo de filme?

Anna suspirou. Novamente hesitava em falar.
- Olha, eu sei que parece absurdo, mas é a verdade. Bom, era só isso que eu queria te dizer. Espero que você ainda me ame do jeito que eu te amo...

Julia ficou pensativa. De repente, num sobressalto, com os olhos arregalados, puxou os cabelos e falou:

- Putaquepariu! A boate! Caralho, eu saí sem avisar nada a ninguém e nem voltei... Caaaara, que merda! Vou pegar um metrô pra ver se falo com o chefe! Que porra...

Levantou-se rapidamente e começou a caçar as roupas e colocá-las enquanto se dirigia à porta. Abriu-a e de repente sentiu uma mão puxando seu pulso, logicamente a de Anna. Virou-se assustada e agitada, e não estava preparada para o beijo. Os lábios vieram macios e quentes, desejosos, com sede de amor. Ela perdeu o fôlego. Anna agarrou-a forte e lançou na parede, com uma nova investida. Mãos frenéticas, os corpos juntos, realmente algo lindo. Finalmente elas se separaram. Olharam-se angustiadas. Anna quebrou o silêncio:
- Eu te amo. Não se esqueça disso. Me perdoe por tudo, tudo.
Julia estava sem palavras. Recuou um pouco desorientada e desceu escada abaixo. Anna entrou, trancou a porta e foi para o sofá. Se jogou nele e suspirou. De certa forma estava feliz. Comeu o resto da comida, tomou o resto do café e foi na geladeira buscar algo doce. Enquanto isso, Julia corria freneticamente para chegar à boate. Às coisas, porém, não correram muito bem depois daí.

Duas horas depois dessa despedida Anna ligou a TV, enquanto preparava o seu almoço, e começou a ver o noticiário. O âncora falava algo sobre um atropelamento, e ela mal prestava atenção. Só começou a dar ouvidos quando viu que o acidente havia ocorrido perto de onde morava. As palavras do âncora começaram a pesar dentro dela:
- A avenida parou hoje diante de um atropelamento. A vítima era uma jovem chamada Julia Domarco que, segundo as testemunhas, ignorou o sinal aberto e tentou atravessar. A jovem Foi levada ao hospital, mas faleceu a caminho. Veja agora o resultado do campeonato...

Anna não acreditou no que ouvia. Seu coração produzia um martelar surdo que doía. As lágrimas vieram e não pararam. Ela caiu de joelhos no chão e se cortou com a faca, sem querer. Mas parcia nem sentir. A dor por dentro era bem pior...