domingo, 9 de janeiro de 2011

Feira da Fruta

Era uma vez a feira da fruta. Talvez a mesma do Batman, mas isso não vem ao caso. Na feira da fruta haviam, obviamente, frutas. A despeito do nome, haviam legumes e verduras. Tinha peixe também, mas eles são anti-sociais. Tinha de tudo, tudo. E na barraca dos maracujás havia um maracujá chamado Mr. Maracujá. Ele era um maracujá rabugento, afinal todos os maracujás são rabugentos; da mesma forma que as cebolas são melancólicas, as bananas são panacas, as batatas são trouxas, as laranjas são mais panacas que as bananas, os tomates são ingênuos e as beterrabas são meigas e sérias.

Bem na frente da barraca de maracujás ficava uma barraca de beterrabas, que como eu já disse, são meigas e sérias. E o maracujá vivia olhando para as beterrabas, e vivia admirando a Dona Beterraba. A Dona Beterraba já havia dispensado vários Bananas e outras frutas, e o Mr. Maracujá estava hesitante ao pensar em puxar conversar com a Dona Beterraba, principalmente pela distância dos dois. Porém, uma mulher comprou a Dona Beterraba, e o Maracujá se desesperou. Começou a se descabelar; no sentido figurado, afinal maracujás não têm cabelo. Mas de repente aquela mulher veio em sua direção e o pegou na mão. Falou algo com o Dr. Feirante e pôs o Mr.Maracujá em sua sacola. Então, Mr. Maracujá deu de cara com a Dona Beterraba.

Ela parecia meio consternada e ele, apesar de meio rabugento, resolveu puxar conversa:
- Er... Oi. Eu me chamo Mr. Maracujá e, bem, percebi que você está um pouco tensa. O que foi?

Ela hesitou um pouco melancólica, mas disse finalmente:
- É que eu estou assustada. Pra onde irémos?
O Mr. Maracujá, um pouco constrangido, falou muito calmamente:
- Não sei, mas qualquer lugar em que você estiver também será ótimo pra mim...

A Dona Beterraba olhou com olhos brilhantes para o Mr. Maracujá (figurativamente, afinal vegetais não têm olhos) e os dois se sentiram magnificamente apaixonados um pelo outro. Finalmente chegaram na casa da mulher. O Maracujá foi posto numa cesta e ficou histérico ao ver que não seria levado para o mesmo lugar que sua amada raiz.

Ficou se lamentando por um bom tempo. De repente se viu sendo levado por uma mão. Foi levado até um balcão e lá encontrou, finalmente sua amada Beterraba. Resumindo a história, foi feito um suco dos dois, e aí nunca mais se separaram. FIM!









Obs.: Tudo isso supostamente aconteceu no período de um dia, afinal frutas não tem uma vida útil muito grande após colhidas.

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